O Brasil está mais próximo de ter uma lei regulamentando a internet. O texto do Marco Civil da Internet está quase pronto, aguardando apenas que os cidadãos enviem sugestões de alterações antes que seja encaminhado para votação na Câmara dos Deputados em Brasília. O grande foco do projeto de lei é garantir mais proteção aos usuários e também evitar ações abusivas das empresas ligadas à prestação de serviços.
Como alguns meses atrás, o Marco Civil da Internet não pretende fiscalizar ou punir responsáveis por crimes virtuais – já existem outros projetos de lei em andamento para isso –, mas agir em três pontos muito importantes para qualquer pessoa que utilize a internet no Brasil:
Dados privados não podem ser tratados como mercadoria pelas empresas;
Liberdade de expressão na internet (desde que não interfira no direito alheio);
Neutralidade nas redes (garantir que todas as empresas tenham os mesmos direitos).
Você pode acessar o texto provisório por este link e aproveitar para deixar os comentários pertinentes ao tema para possíveis alterações.
A justiça norte-americana chegou à conclusão de que o Samsung Galaxy X (Nexus) não pode continuar a ser vendido nos Estados Unidos, pelo menos até que sejam resolvidos alguns problemas com as patentes infringidas pelo smartphone.
Segundo a liminar emitida na semana passada, o Samsung Galaxy Nexus com o Android 4.0 utiliza alguns recursos patenteados pela Apple, por isso deve deixar de ser vendido. Ao contrário do que se imagina, não se trata de uma patente de hardware, mas sim da ferramenta de buscas integrada à Home do Android.
Apesar das constantes disputas judiciais entre Samsung e Apple, quem realmente sai perdendo nesse caso é a Google. A empresa já até tirou os aparelhos Galaxy Nexus da loja virtual Google Play Store. O The Verge tentou entrar em contato com a Google para descobrir se o motivo teria sido realmente a decisão judicial.
Não houve qualquer confirmação acerca da informação, mas na Google Play Store já estão sendo anunciados os novos Galaxy Nexus HSPA+ com Android 4.1 Jelly Bean. Segundo várias fontes, a nova versão do Android elimina a infração de patentes da Apple, que seria exclusivamente de software – e não de hardware.
Também já foi revelado que a Google estaria trabalhando rapidamente para lançar uma atualização no Android 4.0 Ice Cream Sandwich utilizado pelo Galaxy Nexus. Com isso, o recurso de pesquisas integrado à página inicial do Android deve ser retirado, e então as vendas poderão ser reiniciadas.
Um tribunal da Califórnia (EUA) condenou ontem (4) a gigante Toshiba a pagar uma multa de US$ 87 milhões (aproximadamente R$ 180 milhões) por conta de uma formação semelhante ao cartel. Segundo as denúncias, a fabricante teria participado, juntamente com várias outras empresas japonesas, coreanas e taiwanesas, de encontros para fixar preços altos para telas de LCD — o que teria ocorrido entre 1999 e 2006.
Em março deste ano, várias empresas — incluindo LG Display e Sharp — tiveram que pagar um total de US$ 585 milhões (cerca de R$ 1,18 bilhão) em deliberações judiciais que imputavam “práticas anticompetitivas”. Dessa forma, a Toshiba representa o passo atual de um processo de grandes proporções.
De acordo com a acusação, os encontros visavam encarecer o preço dos componentes para fabricantes de computadores e TVs — alta que, em último caso, acaba afetando o bolso dos consumidores. De acordo com a deliberação do júri, US$ 17 milhões (aproximadamente R$ 35 milhões) devem ser pagos às manufatureiras, enquanto US$ 70 milhões (cerca de R$ 140 milhões) serão revertidos aos consumidores.
Em nota oficial, a Toshiba afirmou que “pretende buscar todas as vias legais disponíveis, a fim de corrigir o equívoco”. De fato, assim como a fabricante de componentes AU Optronics — recentemente condenada a pagar um valor, especula-se, superior a US$ 1 bilhão (R$ 2 bilhões, aproximadamente) —, a empresa japonesa diz-se completamente inocente das acusações. Aguarde novidades aqui no Tecmundo.
Estourar foguetes é uma prática difundida em boa parte do mundo, mas parece que nem toda tentativa dá certo. O vídeo acima faz uma compilação de várias tentativas equivocadas de fazer o céu brilhar com belos e coloridos fogos de artifício.
Com mais de dois minutos de duração, o vídeo foi criado pelo pessoal do site World Wide Interweb e reúne cenas incríveis e inusitadas, muitas delas proporcionadas, talvez, pela falta de raciocínio de quem preparava a explosão. Mas, para entender melhor, você terá que ver pessoalmente.
Não é difícil encontrar vídeos na internet que mostram astronautas realizando tarefas simples, mas que se tornam inusitadas por serem feitas no espaço, com gravidade bastante reduzida.
A bola da vez é um viajante espacial que prepara e come um burrito, uma espécie de crepe mexicano. Como não há gravidade, os ingredientes não podem cair nem fazer qualquer sujeira. Assim sendo, com bastante desenvoltura, o astronauta prepara seu alimento em poucos segundos.
Bactérias magnéticas podem criar "biocomputadores".
Talvez você nunca tenha ouvido falar neles, mas micro-organismos vivos podem fazer parte do futuro da computação: são as chamadas bactérias magnéticas. Elas utilizam o campo magnético da Terra para se orientar e usam para tal cristais nanométricos que desempenham função semelhante à de ímãs comuns de magnetita.
Essas bactérias, que são encontradas na natureza em diversas partes do mundo, preferem águas calmas e despertam bastante interesse de pesquisadores da área da biomedicina e também da computação.
Em maio deste ano, você já conferiu que um grupo que reunia cientistas britânicos e japoneses estudou o funcionamento dessas bactérias, desenvolvendo um método para recriar o ímã natural delas fora do micro-organismo. Isso seria aplicado na criação de “biocomputadores”, mais rápidos do que os existentes hoje.
Vale lembrar ainda que os ímãs existentes dentro das bactérias magnéticas são eternos, ou seja, nunca se desmagnetizam, outra grande vantagem para sua aplicação na biotecnologia.
Ideias — muitas delas geniais — criadas por pessoas comuns que vão parar na web e recebem o apoio financeiro de milhares ao redor do mundo. Basicamente, é assim que o Kickstarter funciona. O site é um dos exemplos mais fortes do chamado crowdfunding. O termo classifica o processo em que as pessoas publicam em uma plataforma online seus projetos e a quantia necessária para colocá-los em prática para, assim, receber o apoio de doações coletivas.
Entre as diversas categorias de “ideias” disponibilizadas no site (como artes, teatro, jogos etc.), o “setor” de tecnologia chama a atenção por apresentar concepções com designs inovadores e funcionalidades que podem facilitar o nosso dia a dia — ou, pelo menos, deixá-lo mais divertido.
Sabendo disso, o Tecmundo preparou uma lista com cinco projetos tecnológicos que foram um sucesso no Kickstarter e que não vão demorar para chegar à mão dos consumidores. Confira:
1 – Imprima objetos em 3D
Imprimir objetos em 3D não é a ideia mais original de todas — especialmente por já existirem diversas impressoras que fazem isso no mercado. Mas o que a Printrbot tem de tão especial para fazer com que ela ficasse com o primeiro lugar nas doações mais bem-sucedidas da categoria de tecnologia do Kickstarter? A resposta cabe em apenas uma palavra: praticidade.
Pequeno, montável e acessível
A impressora Printrbot, quando comparada às outras com a mesma funcionalidade, é menor e mais simples de se montar. Pelo menos é isso o que afirma o seu criador, Brook Drumm. Segundo ele, enquanto as outras impressoras demoram muitas horas para serem montadas, a Printrbot já pode ser utilizada quase duas horas depois que o processo de montagem tenha começado.
Brinquedo impresso pelo Printrbot
Além disso, as possibilidades de uma impressora 3D também são grandes motivos que levaram o projeto a conseguir 3 mil por cento a mais que o valor pretendido. Com ela, você consegue imprimir qualquer formato (como um brinquedo, uma peça para um equipamento etc.) em um plástico resistente e em pouco tempo. As possibilidades aqui são inúmeras — e a diversão garantida para os criativos de plantão.
Meta: US$ 25.000,00
Quantia arrecadada: US$ 830.827,00
Número de apoiadores: 1.808
2 – Transforme qualquer coisa (até uma fruta) em controle
Dois estudantes do último ano de doutorado no MIT Media Lab, Jay Silver e Eric Rosenbaum, também quiseram mudar (para melhor) algo comum do nosso dia a dia: a forma como controlamos jogos e aplicativos no computador. Com a invenção desses dois amigos, você não precisa mais se limitar ao teclado do seu dispositivo — agora, você pode fazer qualquer coisa, como massinha de modelar, tornar-se o seu novo controle.
A chamada MaKey MaKey é uma placa que intermedia o computador e outro objeto que será utilizado para comandar as ações — assim, esse equipamento funciona com laptops ou desktops que tenham entrada USB e um sistema operacional recente. O mais legal da invenção está no fato de que qualquer coisa (realmente qualquer coisa) que conduza um pouco de eletricidade pode ser utilizada como controle e conectada à placa.
Pegue um bloco, coloque massinha e tenha um novo controle para jogar!
Entre as sugestões dadas pelos criadores estão ketchup, lápis e limões — mas não se limite a isso. Outro exemplo apresentado é referente a um aplicativo de piano. Em vez de usar o teclado para tocar, por que não usar bananas como teclas? Com o MaKey Makey, isso se torna possível.
Meta: US$ 25.000,00
Quantia arrecadada: US$ 568.106,00
Número de apoiadores: 11.124
3 – Comande os seus sonhos
Seja o que você quiser e faça o que desejar. Pelo menos, enquanto estiver dormindo, tudo é possível: voe, ganhe na loteria, seja um super-herói. Coisas assim são comumente sonhadas (e desejadas) pelas pessoas. Mas nem sempre o que sonhamos nos agrada, e os “pesadelos” conseguem tirar o sono de muita gente. Tudo isso, no entanto, pode ser mudado de uma forma simples. Basta usar uma máscara para dormir — a Remee.
Uma simples máscara poderá ajudar você a ter sonhos melhores
Segundo os desenvolvedores desse projeto, Duncan Frazier e Steve McGuigan, a máscara criada por eles possui alguns dispositivos tecnológicos que trabalham quando a pessoa atinge o estágio REM do sono — em que normalmente os sonhos aparecem. Para isso, padrões de luzes ficam piscando na frente dos olhos da pessoa, com uma luminosidade que não a acorda, mas a deixa lúcida durante o sonho.
Durante o sono REM, luzes ficam piscando na máscara
Se realmente funciona ou não, é fato que mais de seis mil pessoas acreditaram nessa ideia e geraram ao projeto um lucro de mil por cento a mais do que o valor inicial. Agora, basta esperarmos que o Remee chegue ao mercado para, assim, conferirmos se tudo não passou de um (bom) sonho.
Meta: US$ 35.000,00
Quantia arrecadada: US$ 572.891,00
Número de apoiadores: 6.557
4 – Robô-aranha
Praticamente todas as pessoas – sejam influenciadas por filmes ou séries – já quiseram ter um robô. Ele poderia nem fazer muitas ações, mas já iria satisfazer um dos maiores desejos dos humanos: o de usar a tecnologia para fazer “seres” inteligentes, capazes de nos servir e trazer mais praticidade à rotina.
Bem, infelizmente, ainda não é possível adquirir um robô no melhor estilo encontrado em Star Wars. Mas estamos quase lá. Pelo menos no quesito diversão, o Hexy the Hexapod consegue satisfazer os apaixonados por robótica – e, o melhor de tudo, por um preço bem mais acessível do que outros dispositivos encontrados por aí.
Disponíveis em várias cores, o robô Hexy pode realizar diferentes ações (como digitar em um teclado)
Essa é a promessa de Joseph Schlesinger, criador do Hexy e aficionado por robôs que decidiu criar brinquedos high-tech mais baratos e com qualidade. O resultado foi esse projeto no Kickstarter que apresenta um robô bem parecido com uma aranha. Além de estar disponível em diferentes cores, ele também realiza comandos simples e divertidos que podem garantir a você boas horas de entretenimento. C-3P0, aqui vamos nós.
Meta: US$ 13.000,00
Quantia arrecadada: US$ 168.267,00
Número de apoiadores: 861
5 – Tenha um servidor web pessoal
Quatro amigos buscam desenvolver um servidor web pessoal (com open source) que poderá colocar as pessoas no controle dos seus dados. Essa é a base do Diaspora, um projeto pertencente a Daniel Grippi, Maxwell Salzberg, Raphael Sofaer e Ilya Zhitomirskiy — estudantes e jovens programadores do Instituto Courant da Universidade de Nova York.
Segundo os desenvolvedores do projeto, o Diaspora seria um servidor web pessoal que armazenaria todas as suas informações e as compartilharia (de forma segura) com seus amigos. A partir dessa concepção, você possuiria o seu gráfico social com acesso às suas informações como e quando você quiser, além de possuir o total controle de sua identidade online.
O projeto chamou a atenção de quase 6.500 pessoas e arrecadou cerca de 200 mil dólares. Mas esses jovens inventores não querem parar por aí. Eles afirmam que, uma vez que tenham construído uma base sólida, eles irão fazer com que o Diaspora seja fácil de ser estendido, facilitando qualquer tipo de comunicação e fornecendo uma infinidade de possibilidades.
Suas fotos bizarras postadas pelas amigas: elas podem ter feito isso de propósito.
De repente, você vê em sua timeline uma foto nada “convencional” daquela sua amiga: sem maquiagem, cabelo despenteado e uma roupa que não é das melhores. Você olha bem e vê que não foi ela quem postou a imagem, mas sim outra garota, que acabou de marcá-la no Facebook.
Conforme pesquisa realizada pelo site MyMemory.com, essa ação é feita de forma consciente por um quarto das mulheres que usam a rede social criada por Mark Zuckerberg. Em um universo de 1,5 mil pessoas do sexo feminino que foram pesquisadas, 25% assumiu que posta fotos “desaforáveis” das amigas de propósito. O principal motivo apontado por uma em cada três mulheres que fazem isso é retaliação por algo semelhante feito pela amiga.
Ao Gawker, Rebeccal Huggler, cofundadora do MyMemory.com, afirmou que ficou espantada com o resultado. “Ver que tantas mulheres cometem ‘sabotagem de fotos’ deliberadamente e carregam imagens pouco lisonjeiras de amigos é algo surpreendente”, relatou.