sábado, 6 de outubro de 2012

Urnas Eletrônicas Não São Confiaveis



votação
Em época de eleição é comum termos dúvidas em quem votar, mas uma grande dúvida que surgiu com o passar dos anos é a questão do sistema de eleição adotado para as votações.
Mesmo com diversas afirmações de especialistas questionando o atual modelo de votação, rejeitado em muitos países, por ser possivelmente corrompido, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) justifica a adoção deste tipo de modelo pelos custos mais baixos, além da demora na implantação de qualquer outro tipo de votação.
Talvez um dos casos que mais tenha gerado polêmica "nas eleições foi em 1989, quando por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, mandar ao segundo turno contra Collor de Mello ( que teve 20,6 milhões de votos) o candidato Lula, com cerca de 11,62 milhões, enquanto Brizola teve 11,16 milhões, 456 mil a menos, tendo sido negada a recontagem dos votos pelo STF, com a alegação de que as cédulas já havíam sido incineradas. Para surpresa, logo após a recusa de Francisco Resk, então ministro do Supremo Tribunal Federal, para recontagem dos votos, Resek se tornou ministro no governo de Collor e logo após foi nomeado novo ministro do STF, esse foi o único caso na história".
Há certo tempo atrás a câmara de deputados, a fim de verificar a confiabilidade das urnas elegeu  um "comitê", cuja responsabilidade era auditar o sistema de votação, porém ao analisar percebeu-se a impossibilidade de verificação neste tipo de sistema, mesmo contando com especialistas em tecnologia da informação.
Caso ocorra uma infiltração criminosa determinada a fraudar as eleições, a fiscalização externa dos partidos, da OAB e do Ministério Público, do modo como é permitida, será incapaz de detectá-la. Por isso julga-se necessário regulamentar mais detalhadamente o princípio da independência do software em sistemas eleitorais, definindo claramente as regras de auditoria com o voto impresso conferível pelo eleitor , disse o comitê no relatório da auditoria. Vale lembrar que este comitê era composto por participantes voluntários e independentes de qualquer partido político ou organização.

As discussões sobre a confiabilidade deste modelo de votação também é uma questão bastante polêmica em outros países. Um dos motivos que levou países como a "Venezuela, Argentina, Peru, Equador, Costa Rica e México a optarem pela substituição deste modelo de votação já em 2014" foi exatamente a impossibilidade de recontagem dos votos, concentrando todo o poder nas mãos da autoridade eleitoral.
Para muitos, o sistema antigo, que consistia em colocar a cédula na urna, com a contagem feita na presença de representantes de cada candidato, era mais confiável já que no sistema atual não há como confirmar se o voto realmente foi validado pela máquina.
A grande questão é, se todo o mundo diz que este sistema é vulnerável, muitos países estão substituíndo este sistema, porque não mudar ou pelo menos tentar corrigí-lo, para que se torne mais confiável?