Folhas de papel podem ser mais nocivas do que lâminas afiadas
Quem trabalha em escritórios, papelarias ou qualquer outro ambiente que exija o manuseio constante de folhas de papel acaba, uma hora ou outra, cortando o dedo com elas. E por mais que o ferimento seja pequeno e inofensivo, ele costuma arder bastante e causando certo desconforto.
De acordo com o site Mental Floss, parte da razão para tanta dor está no fato de nossas mãos possuírem muitos nociceptores, instrumentos sensoriais que repassam informações sobre temperatura, dor e pressão para o nosso cérebro, mais precisamente, para o córtex somatossensorial. Caso esse pequeno corte tivesse ocorrido em uma área com menos nervos, como a perna, a ardência seria muito menor.
É fácil perceber a razão pela qual a nossa mão possui tantas terminações nervosas. Em entrevista para a ABC News, o chefe de dermatologia da Drexel University College of Medicine, Dr. Mark Abdelmalek, explica que essa é uma função de sobrevivência, um mecanismo que o corpo usa como forma de nos proteger.
Quando tocamos em algo muito quente ou afiado, são grandes as chances de que o façamos com as nossas mãos. Por isso, essa parte do nosso corpo é sensível a ponto de nos alertar sobre essas ameaças. “Se você cortar a coxa com papel, não doerá tanto, porque ela não merece tanta atenção do córtex somatossensorial”, explica o Dr. Abdelmalek.
Além disso, existe o fato de que as mãos são muito utilizadas por nós e, portanto, a pele que começa a crescer sobre o ferimento acaba se movimentando demais, o que prolonga o processo de cicatrização e, consequentemente, das dores sentidas.
Porém, bactérias não causam dor. O que pode acontecer é o fato de elas provocarem uma inflamação, já que nosso corpo estaria tentando lutar com esses microinvasores. Porém, também não há dados científicos que comprovem a ideia de que páginas de sulfite, por exemplo, tenham mais bactérias do que facas de cozinha.
Mesmo assim, o papel faz parte do problema. As beiradas flexíveis e mal afiadas da folha de papel fazem com que o corte seja mais superficial. E, apesar de aparentemente cortes de pouca profundidade parecerem menos doloridos, os especialistas dizem que, no caso do papel, esse tipo de ferimento é pior.
O que piora a situação é o fato de que as bordas pouco afiadas do papel não cortam a carne do dedo, mas acabam rasgando-a, fazendo com que o dano microscópico seja maior. Além disso, essa lesão imperceptível aos olhos humanos atinge mais nervos, que enviam mais sinais de dor ao cérebro.
Quem diria que tanta ciência poderia estar por trás de um evento tão banal, não é mesmo?
Fonte: ABC News, Mental Floss
Quem trabalha em escritórios, papelarias ou qualquer outro ambiente que exija o manuseio constante de folhas de papel acaba, uma hora ou outra, cortando o dedo com elas. E por mais que o ferimento seja pequeno e inofensivo, ele costuma arder bastante e causando certo desconforto.
De acordo com o site Mental Floss, parte da razão para tanta dor está no fato de nossas mãos possuírem muitos nociceptores, instrumentos sensoriais que repassam informações sobre temperatura, dor e pressão para o nosso cérebro, mais precisamente, para o córtex somatossensorial. Caso esse pequeno corte tivesse ocorrido em uma área com menos nervos, como a perna, a ardência seria muito menor.
É fácil perceber a razão pela qual a nossa mão possui tantas terminações nervosas. Em entrevista para a ABC News, o chefe de dermatologia da Drexel University College of Medicine, Dr. Mark Abdelmalek, explica que essa é uma função de sobrevivência, um mecanismo que o corpo usa como forma de nos proteger.
Quando tocamos em algo muito quente ou afiado, são grandes as chances de que o façamos com as nossas mãos. Por isso, essa parte do nosso corpo é sensível a ponto de nos alertar sobre essas ameaças. “Se você cortar a coxa com papel, não doerá tanto, porque ela não merece tanta atenção do córtex somatossensorial”, explica o Dr. Abdelmalek.
Além disso, existe o fato de que as mãos são muito utilizadas por nós e, portanto, a pele que começa a crescer sobre o ferimento acaba se movimentando demais, o que prolonga o processo de cicatrização e, consequentemente, das dores sentidas.
Pior do que corte com lâminas
Mesmo assim, resta um mistério: normalmente, cortes com faca não doem tanto quanto os feitos com folhas de papel, embora possam causar danos muito maiores. Há quem diga que o papel, por ser poroso, abriga mais bactérias do que facas ou estiletes e que isso faria o ferimento doer mais.Porém, bactérias não causam dor. O que pode acontecer é o fato de elas provocarem uma inflamação, já que nosso corpo estaria tentando lutar com esses microinvasores. Porém, também não há dados científicos que comprovem a ideia de que páginas de sulfite, por exemplo, tenham mais bactérias do que facas de cozinha.
Mesmo assim, o papel faz parte do problema. As beiradas flexíveis e mal afiadas da folha de papel fazem com que o corte seja mais superficial. E, apesar de aparentemente cortes de pouca profundidade parecerem menos doloridos, os especialistas dizem que, no caso do papel, esse tipo de ferimento é pior.
O que piora a situação é o fato de que as bordas pouco afiadas do papel não cortam a carne do dedo, mas acabam rasgando-a, fazendo com que o dano microscópico seja maior. Além disso, essa lesão imperceptível aos olhos humanos atinge mais nervos, que enviam mais sinais de dor ao cérebro.
Quem diria que tanta ciência poderia estar por trás de um evento tão banal, não é mesmo?
Fonte: ABC News, Mental Floss
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