Em algum momento da sua vida, você clicou no ícone do Internet Explorer e acessou o Baixaki para baixar o navegador Mozilla Firefox. Calma, não estamos dizendo que um é melhor do que outro, mas o fato é que alguma vez na vida certamente você teve vontade de testar uma alternativa ao browser da Microsoft.
A diferença é que há menos de dois anos o Mozilla Firefox era a principal ou ao menos a mais confiável alternativa em relação ao Internet Explorer. Contudo, o que muitos não esperavam era o rápido crescimento do Google Chrome, que em muito pouco tempo ultrapassou todos os seus concorrentes e se firmou em primeiro lugar entre os browsers.
Para se ter uma ideia, há exatamente um ano, entre os usuários do Baixaki os números eram os seguintes: Internet Explorer com 33% de uso, Google Chrome com 32% de uso e Mozilla Firefox com 26% de uso. Hoje, a situação é bem diferente: Google Chrome com 51% de uso, Internet Explorer com 23% de uso e Mozilla Firefox com 19% de uso. Será que o mérito é exclusivamente do Chrome ou erros no meio do caminho fizeram com que o Firefox perdesse mercado?
Bom dia! Hoje é dia de... Atualizar o Firefox!
Até o lançamento da versão 3.6, o Mozilla Firefox se mostrava estável e em crescimento contínuo no mercado. Porém, o intervalo entre o lançamento dessa versão e a chegada do Firefox 4 foi muito longo, o que prejudicou o desempenho da ferramenta. Para compensar isso, as atualizações seguintes passaram a surgir com uma frequência muito mais alta e foi justamente aí que começou o problema.
Obviamente, todos querem contar um com navegador sempre atualizado em seu PC. Contudo, ser lembrado praticamente todos os dias de que é preciso baixar uma atualização, instalá-la e reiniciar o browser certamente não é uma das melhores maneiras de começar o dia. A metodologia e a frequência de atualizações acabaram por minar o Firefox, que passou a ser visto com mais receio.
Onde está o Mozilla Marketplace?
Um dos primeiros navegadores a surgir com a ideia de aplicativos complementares foi o Mozilla Firefox. A ideia deu tão certo que, uma vez consolidada, todos os demais concorrentes apresentaram as suas versões e, aos poucos, foram aperfeiçoando e evoluindo a ideia.
Quem se saiu melhor nesse sentido foi o Google Chrome, que, rapidamente, conseguiu consolidar a Chrome Web Store. Enquanto isso, o Firefox relutou em abrir mão das extensões em prol de um método de acesso a aplicativos mais simples e, principalmente, que não requerem que o navegador seja reiniciado a cada vez que um novo programa é instalado.
O Mozilla Marketplace, que aos poucos começa a ganhar corpo, é uma aposta tardia da Fundação Mozilla. A dianteira que ela havia conseguido com a sua ideia agora se tornou um longo caminho das pedras para recuperar. Será que ainda é possível reassumir o trono? Talvez seja tarde demais.
Melhorando a comunicação
Ser independente tem os seus pontos negativos. O principal deles é, sem dúvida, a ausência de canais fortes de divulgação para o seu produto. Enquanto a Microsoft usa o próprio sistema operacional para espalhar o Internet Explorer pelo mundo, além de propagandas em sites e na TV quando julga conveniente, o Firefox se limita às ações tradicionais na internet, como notícias em sites de tecnologia e a “colaboração” na divulgação por parte dos usuários.
Ainda mais agressivo, o Google Chrome utiliza todos os meios que a Gigante de Mountain View tem para ampliar o seu alcance. Propagandas no buscador e em seus demais serviços, além de comerciais de TV e reforço sempre que possível na plataforma Android são alguns dos destaques. Quem não é visto não é lembrado e, para muitos, o Mozilla Firefox foi caindo no esquecimento.
Uma alternativa a qual navegador mesmo?
Os termos “Mozilla Firefox” e “alternativa ao Internet Explorer” desde sempre foram sinônimo entre os usuários. Todavia, com a queda de ambos e a ascensão do Google Chrome, a briga se tornou uma disputa pelo segundo lugar e perdeu um pouco do seu sentido. “O inimigo a ser batido” ainda permanece à frente, mas agora ele é outro e a distância aumentou muito.
Dados coletados no final de 2011.
Para quem não sabe, a Fundação Mozilla tem boa parte dos seus custos bancados pela Google, o que faz com que as duas empresas não se coloquem na posição de inimigas, mas sim de parceiras comerciais dispostas a tirar a fatia que for possível mantida pelo Internet Explorer.
Se brigar com o líder não é o objetivo, a falta de competitividade acaba colocando o Firefox como uma espécie de “segundo navegador” de todo mundo – uma alternativa que não decepciona, mas se esforça pouco para ser a melhor entre todos.
Apesar de tudo isso...
Mesmo com todos os problemas, afirmar que o Mozilla Firefox é ruim ou está acabando seria uma grande inverdade. Na última batalha entre os navegadores que realizamos, no final do ano passado, o browser da Fundação Mozilla mostrou sua força, obtendo resultados tão bons quanto o Safari e o Internet Explorer.
Entretanto não há como negar que o navegador transparece aquela sensação de que poderia ser muito melhor se levasse em consideração uma reestruturação séria com relação aos seus maiores pontos fracos. Ou seja, apesar de tudo isso, o Mozilla Firefox ainda tem um espaço garantido no coração dos usuários, nem que seja como a segunda opção a qualquer um dos outros browsers.
Fonte: TecMundo
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