O episódio do casal que acusou um funcionário de uma loja da BMW no Rio de racismo contra o filho de sete anos, divulgado pelo G1 na nesta quarta-feira (23), ganhou repercussão na terra de Barack Obama, o primeiro negro a ser eleito e reeleito presidente dos Estados Unidos, país onde a segregação racial deixou fortes marcas. O site da revista americana Forbes publicou a história.
De acordo com a professora Priscilla Celeste, mãe da criança, enquanto ela e o marido conversavam com o gerente de vendas sobre os carros em uma concessionária da BMW, foram surpreendidos com uma atitude preconceituosa do gerente quando o filho se aproximou dos três. Segundo o casal, o gerente expulsou o menino da loja, pelo de ele ser negro.
Na tarde de quarta, um porta-voz da concessionária BMW Autofraft, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, negou que a criança tenha sido vítima de racismo.Na página do Facebook “Preconceito racial não é mal-entendido”, criada pelo casal, Priscilla Celeste afirma que não vai se manifestar a respeito da resposta da concessionária, porque ela foi dada através de um porta-voz. “A história que contei inúmeras vezes durante todo o dia de hoje foi exatamente o que aconteceu na concessionária Autokraft no dia 12 de janeiro e posso repeti-la outras inúmeras vezes caso seja necessário, ao vivo, e não através de porta-voz. Quero que saibam que, embora não esperássemos tamanha repercussão, a atitude de divulgar nossa história foi consciente: achamos que uma retratação, a partir desse momento, deverá ser pública e feita diretamente pelas pessoas envolvidas”, diz o texto.
Na manhã desta quinta-feira (24), a página tinha mais de 38 mil "curtidas". A intenção, o casal, é reunir histórias de preconceito e alertar as pessoas para que não aceitem desculpas e explicações descabidas.
A professora mandou e-mail para a BMW, que pediu desculpas pelo episódio, mas deixou claro que não responde pela concessionária. Na troca de e-mails com a loja, ela também recebeu um pedido de desculpas pelo o que a concessionária chamou de "mal-entendido".
“Quando ele viu meu filho do lado do meu marido disse para que ele saísse da loja. Antes que ele pudesse concluir a frase, eu peguei meu filho pela mão e saí. Foi quando meu marido disse que aquele menino era o nosso filho”, contou Priscilla.
Fonte: G1
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